Incontinência Fecal

Este sintoma ou sinal pode ocorrer por vários motivos. Não é incomum que uma pessoa possa ter perda do conteúdo intestinal em uma situação excepcional quando de um desarranjo forte, quando as fezes são líquidas e de certa forma expulsas do organismo, sem que se consiga segurar.

Porém, quando de forma intermitente ou crônica pode causar grande constrangimento e perda da qualidade de vida, como consequência de vergonha, necessidade de higiene constante, levando ao isolamento social. Esta condição é mais prevalente na idade avançada e em mulheres. Como estamos vivendo mais, a dimensão do problema cresce.

SINTOMAS

Então o sintomas que caracteriza a IF é a incapacidade de conter o conteúdo retal, gerando situações escape de gases, fezes ou secreção mucóide (transparente), na roupa ou no protetor (fralda). Os pacientes se sentem inseguros para sair de casa, prejudicando seu convívio social e até mesmo conjugal.

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico é clínico, cabendo ao especialista (gastroenterologista ou proctologista) investigar causas locais ou sistêmicas que possam desencadear ou agravar a IF. Mulheres de meia idade, com história de múltiplos partos vaginais, com incontinência urinária estão no maior contingente de pessoas afetadas.

Cirurgias na região do ânus (como cirurgia para hemorróidas, fístulas, fissura anal, etc.) também podem causar trauma, alterando a estrutura anatômica dos músculos responsáveis pela continência (esfíncteres), geralmente  IF mais  . Cirurgias do intestino grosso e reto, períneo, aplicação de radioterapia, também podem dar início a um quadro de incontinência fecal.

Doenças do próprio intestino que se acompanham de diarréia, podem provocar episódios de incontinência, mesmo em pacientes com musculatura anal normal.

Mais raras, mas não menos importantes , doenças do sistema nervoso central ou metabólicas como o  diabetes, também podem causar ou contribuir para a IF.

Por vezes alguns exames são necessários para a investigação ,da causa ou mesmo para melhor orientar o tratamento. Os mais comuns são: Eletromanometria anorretal, Ultrassonografia Endoanal, Eletroneuromiografia do nervo Pudendo e, por vezes, Cinedefecografia.

TRATAMENTO

Há inúmeras ferramentas de tratamento que vai da fisioterapia à cirurgia , sendo adicionada recentemente à eletroestimulação sacral, que com um marca passo melhora o desempenho da musculatura intestinal.

Os pacientes precisam romper a barreira da vergonha de contar ao médico seu problema, que com certeza, quanto mais cedo for orientado haverá maior chance de controle ou cura.